Thursday, May 9, 2013

Enquanto a luz desvanece, nasce um novo ser, em mim. Transformo-me. Dentro de mim cresce um ódio, uma revolta; surgem de rompante e criam esta criatura, este animal, em mim. Este monstro incontrolável, esta esquizofrenia, estes actos moralmente descontrolados. Este animal não é oprimido por ideais, leis, regras. Este animal, que sou eu, chama-se instinto. Instinto nu, cru e rude, sexual, de sobrevivência, de superioridade.
Quero baptizar-te com óleo, atear-te fogo, para depois, te ver arder.
Quero baptizar-te, com óleo, atear-te fogo, para depois, te ver arder.
Quero, baptizar-te, com óleo; atear-te fogo, para depois, te ver arder.
Para te ver arder, continuamente, até ao infinito.
Quero ver, enquanto te reduzes a cinzas.